Me chamo Eduarda, tenho 24 anos e falta pouco para que eu me forme em Direito. Aqui contarei um pouquinho da minha história dos últimos anos, uma história que pouquíssimas pessoas conhecem.
Com 12 anos, minha mãe sofreu um acidente de trabalho, no local onde, até então, havia dedicado a vida, e após isso, devido à um erro médico durante uma cirurgia simples no pé, acabou lhe faltando oxigênio no cérebro, o que gerou um longo processo de deterioração, seguido de consecutivos erros médicos e medicamentos ineficazes.
Necessitando de cuidados diários, por falta de atenção de uma cuidadora, acabou sofrendo outro acidente no final de 2017, o que resultou em uma lesão permanente, sem chances de melhoras. Após semanas de coma, o médico nos deu três meses de vida, mas ela acabou aguentando três anos, nesse período acabamos gastando quase tudo que tínhamos tentando lhe proporcionar o máximo de conforto possível. Ela acabou falecendo nos meus braços no dia 29 agosto de 2020.
Durante muitos anos essa história não foi contada, não por vergonha ou por medo, mas sim por uma tentativa, um tanto quanto frustrada da minha parte de não demonstrar tristeza. Minha mãe passou minha adolescência sem me ensinar muita coisa, mas me ensinou a ser forte e a lutar. Passou os últimos três anos sem falar, mas me ensinou que um olhar de quem se ama diz mais do que qualquer palavra. Com 12 anos também, inicie um caminho obscuro pela depressão. Dentre o ir e vir de diversas medicações, é justo dizer que encontrar a paz para mim é um tanto mais difícil do que para a maioria das pessoas.
Aos 20 anos, resgatei o desejo de cursar Direito e de iniciar a minha jornada pela independência, e é justo dizer também que a faculdade sempre foi tudo com que contei para o futuro desde que me conheço por gente, passei a cursar Direito numa instituição de ensino particular católica, a PUCRS. Onde contratei um crédito educativo junto à instituição, e passei a pagar somente metade da mensalidade, como forma de conseguir me manter na capital.
Atualmente, morando sozinha, pagando aluguel e gastando basicamente toda a bolsa de estagiária para tratar a depressão, que foi drasticamente agravada com a pandemia e com o falecimento da minha mãe, conto com o auxílio do meu pai para algumas despesas e mensalidade da faculdade. Ocorre que, meu pai trabalhou duro para dar o melhor para minha mãe e faz o mesmo até hoje por mim, mas quero, com a ajuda de todos vocês, tentar fazer com que ele também consiga relaxar um pouco, sem se preocupar com boletos.
Criei está vakinha online como uma esperança de conseguir quitar o restante do valor da faculdade, conseguindo realizar meu sonho. Peço ajuda a todos que puderem me ajudar doando qualquer quantia, ou que puderem compartilhar essa publicação, e agradeço de todo meu coração desde já. Sei que o momento é difícil e que por aqui existe um valor mínimo para doações, então, deixo a minha conta da nubank para outros valores menores, pois toda ajuda é bem vinda. O código da instituição é 260, agência 0001, conta corrente 71603537-2, CPF 038.132.390-04.
Desejo tudo de mais lindo a cada um de vocês, e obrigada pelo seu tempo e atenção.